terça-feira, 27 de outubro de 2009

Jeniffer, me dá meu chipeeeeeeee!!!




*** Atenção! Se você for menor de idade, parente, religioso ou tradicional,
não leia esse post! Contém ideias fortes! ***







Bela tarde de um sábado, início de uma noite que todos os jovens esperam chegar na semana, Aishinha vai para um churrasco, acompanhar um interessado [nela, claro! rs] que já estava saindo com ela há umas duas semanas. Decide ir sem bolsa, pra não ficar carregando nada... e pede ao interessado que guarde tudo dela em seu bolso [Tá pensando que mulher carrega muita coisa, é? Te peguei, mané! Tudo = identidade + cartão do metrô + dinheiro + celular]
Ela adora o churrasco, conhece alguns amigos do interessado e, após o churras, todos vão para um barzinho próximo continuar a noite. Suco de cevada vai, suco de cevada vem, bate aquela fome e, pelo avançar da hora, Aisha e o interessado se despedem dos amigos e decidem comer algo na Lapa antes de volar pra casa.
Chegando a Lapa, bombando, barraquinhas de podrão frenéticas... param para uma pizza, mui despretensiosamente. Depois dessa janta [embora estivesse mais pra café da manhã, pelo horário] o casal segue pro bairro onde moram e ficam a conversar e namorar até tarde o suficiente pra chegar em casa umas 4h da matina. Porém, ao chegar perto de casa, Aisha se surpreende ao pedir seus pertences e constatar que o celular havia SUMIDO!!!
Pelo resíduo etílico que ela ainda tinha, talvez o mínimo pra não passar na Lei Seca, não acredita na hora. Mas vendo o desespero do interessado, decide voltar na Lapa para achar o bendito celular e lá ele tem o insight de ligar pro número perdido. Segue o diálogo – aproximado – dele com quem atendeu do outro lado:
_Alô! Oi... Com quem eu falo? É que esse celular que você está é da minha namorada [ops, só pra agregar valor ao produto! Lembre-se, é um interessado, não empossado!] e ela o perdeu. Você poderia devolver?
_Alô. É Jeniffer*. [voz de travesti!] Eu comprei esse telefone de um viciado. Olha, até poderia devolver, mas eu vou perder programa se esperar... então me liga amanhã!
_Amanhã não posso! Onde você está? Eu vou aí... você devolve o celular dela?
_ Se você pagar 500 reais eu espero. Estou na XXX [rua típica para programa de travestis... deve até estar no catálogo de turismo!], mas não vou poder esperar, não! Senão vou perder programa!
_Ah... [voz sedutora] você vai ser boazinha e vai me esperar, né? Em dois minutinhos eu estou ai!

Bom, pelo visto ela disse que dois minutos talvez desse, já que ele pegou a mão de A
isha e foi em direção a tal rua, onde aconteceu a parte mais estranha da noite [se seu amigo contasse isso você não acreditaria! Kkkk]. Rua escura, vazia, com pessoas em trajes mínimos e transparentes. Ela nunca havia pensado que iria até um lugar desses pra procurar um amado celular! E pior, com um interessado que ainda conhecia pouco... e já tendo que passar por um perrengue desses! rs
Ao adentrar a rua, veem dois travestis e perguntam pela tal Jeniffer [aliás, com dois F's é mais elegante], mas nenhuma conhecia. Depois mais uns e, de novo, sempre explicando a situação, com a maior educação do planeta:
_Oi. Boa noite, gente. Eu perdi meu celular e ele foi vendido pra uma pessoa chamada Jeniffer, que disse estar aqui nesta rua. Vocês conhecem? Eu preciso dele, se puderem me ajudar... [com super cara de desesperada, né!]
_Não, querida. Mas tem umas bichas mais lá pra baixo, vê lá!

Decidem andar mais... outro grupinho a vista, repete-se toda a explicação padrão, em tom de súplica. E surge alguma informação:
_Olha, a única Jeniffer que conheço faz programa só na Barra [da Tijuca]. Ela não fica aqui não... Tem certeza que era travesti? Você já tentou falar com ela no telefone?
_Ahhhh, pela voz parecia travesti! [ai ai ai, elas devem tê-lo amado nesse momento, né?] Já liguei de novo, mas dá fora de área – responde o interessado.

Porém, outra do grupo dá o golpe final nas últimas esperanças, respondendo:
_Ihhh, então esquece! Esse chip já deve estar jogado por aí. Por que você não vai pra casa com a sua mulher, **** muito a ****** dela e **** o dia inteiro, que é melhor?

E Aisha só consegue concordar, desolada:
_É melhor, né? Pra esquecer esse assunto e relaxar...

Depois dessa foram embora pra casa e Aisha ainda tentou entrar em contato com Jeniffer, mas como nada aconteceu bloqueou o chip, o aparelho e fez um B.O.
Ah, e não seguiram o conselho daquela travesti, claro, mas cá entre nós: deveriam. No final das contas ela tinha razão, não tinha? hahaha

O.o

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*Jeniffer: Nome fictício, para preservar não a privacidade dela, mas sim a minha integridade física. XD

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